sábado, 20 de fevereiro de 2010

O dia em que a Natureza se revoltou!

20 de Fevereiro de 2010 ficará na memória dos Madeirenses como o novo Outubro 1993.

Em uma hora, caíram, por metro quadrado, mais milímetros de chuva do que num mês inteiro. As ribeiras encheram, as torrentes de agua arrastaram detritos e fizeram da baixa do Funchal uma zona de calamidade.

O estreitamento das ribeiras, a falta de limpeza e planeamento de algumas obras, estiveram na origem de uma serie de acontecimentos que causaram a morte a pelo menos 25 pessoas e causaram muitos mais feridos e desalojados.

Nesta altura, como madeirense, o que posso dizer é o seguinte:

- Agora, o que menos se precisa são de pessoas que queiram fazer um aproveitamento político ou pessoal desta situação. Rapazolas como Helder Spinola e Jacinto Serrão, por muita razão que possam ter, ao usar esta situação para capitalizar crédito pessoal e político, não são em nada melhores que os "outros" que são responsáveis por aprovar as obras que não deveriam ter sido feitas.

- É preciso ter-se a noção que estas situações são absolutamente excepcionais. Quem conhece a Madeira e a sua orografia, sabe o quão difícil é planear as construções. Mais, se começarmos a planear as obras e as construções levando em conta eventos completamente esporádicos do qual o único fino paralelo seria a situação de Outubro de 1993, não seria possível sustentar o crescimento da população e da cidade do Funchal em particular.

- Dito isto, é inegável que há construções completamente deslocadas e desproporcionadas que ajudaram a que a situação se tenha complicado a níveis que já não se considerava possível, no entanto e como já disse, a última coisa que precisamos é de apontar o dedo. É preciso arregaçar as mangas, ajudar quem precisa, e se concentrar em reconstruir.

Por último, manifesto o meu mais profundo pesar por todos aqueles que perderam os seus entes queridos e o meu apoio àqueles que perderam os seus pertences.

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