quarta-feira, 30 de março de 2011

Sobre o CINM - A Opinião de um leigo

É preciso esclarecer dois coisas fundamentais sobre o CINM:

1. - As empresas aqui filiadas PAGAM impostos. Não há borlas para ninguém.

2. - A história de que o CINM custa ao Estado 1000M€ por ano é MENTIRA. É demagogia política, mostra ignorância, desconhecimento e é triste quem manda não saber esclarecer que o Estado não dá dinheiro nem injeta dinheiro em nenhuma empresa do CINM (ao contrário dos 800M€ bem reais do BPN). O que quer dizer é que se as Empresas instaladas no CINM tivessem de pagar impostos ao mesmo nível que Empresas Portuguesas (i.e. 40% IRC) renderiam 1000M€ e não os atuais 300M€.

O que não é dito é que as instituições que optam se instalar no CINM não vêm para cá pelos belos olhos dos Madeirenses ou para apreciar a paisagem: vêm para cá porque querem maximizar os seus lucros e desenvolver os seus negócios. E se empresas há que nem escritório têm, é preciso dizer CLARAMENTE que o CINM cria 1700 postos de trabalho diretos e para quem tem um conhecimento mínimo de Economia sabe que para cada posto de trabalho direto estão criados dois postos de trabalho indiretos.

Dito isto, as questões da legalidade só podem ser levantadas por pessoas que não têm conhecimento absolutamente nenhum da questão, uma vez que as empresas do CINM são auditadas por entidades independentes uma vez por ano, o CINM é considerado pela União Europeia como uma Praça Offshore colaborante e que funciona dentro dos trâmites previsto na legislação comunitária para o efeito.

Acrescentaria que no Luxemburgo existe também uma Praça Offshore que o Governo local luta para manter competitiva, enquanto nós em Portugal preferimos politizar questões sérias que são questões maiores que partidos e que pessoas.

Para finalizar quero deixar uma crítica à SDM e ao Governo Regional pela inépcia que mostraram na condução das negociações com o Governo central acerca do CINM. Isto é sério meus senhores, não é um assunto que diga respeito a um concessionário negociar nem é o tipo de assunto que mereça uma resposta reativa em vez de pró-ativa. Deixemos de brincar aos partidos e às políticas e tratemos de defender o interesse Regional e Nacional, em especial numa altura que este país tanto precisa!

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